Atriz sofre grave acidente e BMW acusa perda total; especialista destaca como o seguro age
Nesta segunda-feira (17), a atriz e cantora, Ludmila Anjos, sofreu um grave acidente de carro em Brasília (DF) enquanto gravava um filme. A BMW em que a mesma estava bateu em um poste e ficou completamente destruída, outras quatro pessoas ficaram feridas. Especialista destaca a ação do seguro em casos de perda total. As informações são do G1.
Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, todos os ocupantes do veículo eram atores e participavam de uma gravação de um filme. Todos estavam presos às ferragens do veículo, mas foram socorridas conscientes e levadas para um hospital da região. A família de Ludmillah informou que a artista teve costelas fraturadas e sangramento interno na cabeça e no fígado. Apesar disso, o quadro é considerado estável. A produtora da produção, junto com a equipe, foi conduzida à 8ª Delegacia de Polícia para prestar esclarecimentos e registrar a ocorrência. Não há informações sobre o que causou o acidente.
Em entrevista ao CQCS, o advogado, Corretor de Seguros e Diretor do Sincor-DF, Dorival Alves, destacou que partindo da premissa que o veículo possuía seguro, no caso da acidente envolvendo a atriz, a Perda Total do carro evidencia uma série de fatores. “A perda total pode acontecer quando o valor do conserto é maior que 75% do valor do carro estipulado na apólice, levando em consideração a Tabela FIPE”, disse.
Dorival frisa ainda uma outra hipótese. “Se esse valor for menor que 75%, é considerado perda parcial. Em caso de perda parcial, quando do reparo do carro, o segurado participa com o valor da franquia estipulado na apólice de seguro, mas quando acontecer a perda total o segurado fica isento do pagamento do valor da franquia. A indenização é integral por parte da seguradora, respeitando a tabela FIPE. O proprietário, neste caso, recebe a indenização integral sem precisar pagar a franquia. Lembrando que após a entrega de todos os documentos, a seguradora tem um prazo de até 30 (trinta) dias para efetuar o pagamento da indenização”, afirmou.
O especialista ressalta que o seguro auto é uma proteção que vai além dos problemas recorrentes e fazer a contratação do mesmo com garantia compreensiva, possibilita amparo em diversas situações. “Não podemos esquecer do seguro de Responsabilidade Civil para Terceiros, RCF-VC, tanto para Danos Materiais como Danos Pessoais. Também, a apólice de seguro deve contemplar a garantia de Acidente Pessoais a Passageiros – APP, que é o seguro tem como objetivo indenizar as vítimas (passageiros e motoristas) contra acidentes ocorridos com o veículo segurado. O Seguro APP tem cobertura de Morte Acidental, Invalidez Permanente por acidente e Despesas Médicas/Hospitalares e Odontológicas (opcional) para todos os ocupantes do veículo segurado”, pontuou.
fontes: Notícias | 18 de julho de 2023 | Fonte: CQCS l Ítalo Menezes
O avanço perigoso das associações veiculares no Brasil
Atenção no Seguro, por Gerson Anzzulin: O avanço perigoso das associações veiculares no Brasil.
Nos últimos anos ocorreu no País a proliferação das chamadas associações veiculares. Com o atrativo do baixo custo, estas associações oferecem a chamada proteção veicular, um produto com formato de seguro, mas que na realidade não é um seguro. Em muitas oportunidades, os consumidores acabam lesados e não recebem as indenizações ofertadas.
De acordo com a diretora jurídica da Confederação Nacional das Seguradoras, Glauce Carvalhal, este é um assunto que preocupa a entidade, sendo que a Superintendência de Seguros Privados vem fazendo um trabalho de combate destas práticas através de ações civis públicas. “A CNseg vem participando destes processos, levando elementos técnicos e jurídicos. O objetivo é mostrar ao judiciário brasileiro que esta prática, além de nefasta, é ilegal e pode se constituir em crime contra o sistema financeiro nacional” afirmou.
Quanto às diferenças entre o seguro auto e proteção veicular, Glauce Carvalhal disse que toda vez que o consumidor pensar em contratar um produto desta natureza, deve buscar informações junto ao site da Susep. “Primeiro, deve saber se a associação tem registro e autorização para vender seguros. A diferença básica é a autorização para operar. Uma seguradora tem autorização para operar e a associação não tem”, alertou.
Além deste fato, a diretora jurídica da Confederação lembra que as associações não são reguladas, não seguem as regras de proteção e defesa do consumidor e não recolhem tributos. “Sem autorização, estão atuando de forma irregular, não têm as garantias que uma seguradora possui, não tem regras de governança, de compliance e não tem garantias de pagamento das obrigações assumidas” ressaltou.
Em relação a divulgação, Carvalhal destacou que as associações se utilizam de nomenclaturas semelhantes as do seguro. “Se fala em prêmio, sinistro, coberturas, indenizações parcial e integral. Isto tem o objetivo de levar o consumidor a crer que está consumindo algo semelhante ao seguro. Trata-se de publicidade enganosa”. Ressaltou.
A estimativa preliminar da CNseg é de que existam em atuação no território nacional aproximadamente 687 associações veiculares, abrangendo 4,5 milhões de veículos em tese protegidos, com uma arrecadação anual na casa de R$ 8 bilhões. “Em função da falta de transparência deste negócio, não conseguimos obter dados precisos, mas é evidente que existe evasão de divisas com a atuação destas associações”, concluiu.
fonte: CQSC Notícias | 18 de julho de 2023 | Fonte: Jornal do Comércio
Historicamente, a indústria de seguros se mostrou mais conservadora na adoção de tecnologias disruptivas. Porém, na última década, vimos avanços significativos, impulsionados pela implementação de recursos mais flexíveis e muito customizados ao mercado segurador.
A jornada de modernização começou pela inovação da infraestrutura, com a utilização das multiclouds, banco de dados autônomos e automação da sustentação. Vimos também o aperfeiçoamento de softwares customizados para seguradoras, com soluções embarcadas para necessidades regulatórias e específicas do mercado.
Surgiram novas ferramentas de integração, permitindo melhor fluxo de informações entre os novos e modernos softwares com os antigos sistemas legados e satélites.
Tecnologia em seguros
Hoje, os principais players do mercado se aprimoram com a robotização e automação de processos (RPA e Process Mining), além do uso intensivo de dados em tempo real (Big Data).
Também estão na lista estão a utilização de advanced analytics para insights de negócios e desenvolvimento de produtos e uso de Inteligência Artificial e Machine Learning para aumentar a qualidade dos atendimentos, a assertividade na determinação de perfis de comportamento e melhor análise de riscos.
Ainda, através de APIs (Application Programming Interface), foi aperfeiçoada a troca de informações com os mais diversos stakeholders como reguladores, parceiros de negócios, prestadores de serviços e até mesmo concorrentes.
Mas qual é a razão por trás de tanta busca por avanços tecnológicos?
O seguro é uma indústria orientada a serviços, e a satisfação do cliente desempenha um papel vital na retenção e na construção de relacionamentos de longo prazo. Priorizar o foco no cliente significa que as seguradoras podem se concentrar em entender as necessidades, preferências e pontos problemáticos.
Esse entendimento permite que as empresas ofereçam uma experiência personalizada, processos simplificados e um serviço eficiente que atenda às expectativas dos clientes. Uma experiência positiva promove confiança e lealdade, o que acaba levando à retenção e ao crescimento dos negócios. O grande habilitador para toda essa mudança é a tecnologia, pois só assim será possível escalar soluções tão customizadas.
Um bom exemplo de uso eficaz da tecnologia associado a melhora da jornada de suporte ao cliente é o da empresa Tokio Marine. Após um investimento de cerca de R$130 milhões em tecnologia, a companhia foi reconhecida, por voto popular, como a Empresa do Ano pelo Prêmio Consumidor Moderno de Excelência em Serviços ao Cliente.
Nesse movimento, todas as áreas foram engajadas e o atendimento da seguradora foi centralizado. Sua equipe interna se responsabiliza pela gestão dos terceirizados e, com grande autonomia e propriedade, pode acionar os demais departamentos da empresa para maior assertividade no atendimento.
A Porto Seguro também tem feito altos investimentos em tecnologia e acaba de introduzir inteligência artificial na sua jornada de regulação de sinistros. Essa implementação trouxe melhorias para o processo de pré-orçamento de serviços para o produto de automóvel, auxiliando o atendimento humanizado e agilizando muito o processo, até então realizado de forma manual nas oficinas, e otimizando o tempo de resposta aos clientes.
Um desafio de toda a empresa
Os desafios para implementar, integrar e gerenciar algo desta magnitude são de todas as áreas da empresa:
- Liderança: precisa comprar e patrocinar a mudança com fundos e priorização
- TI: assume um papel protagonista, responsável pela criação de toda a fundação que dará suporte ao processo de transformação
- Áreas do Core Business: precisam estar prontas para guiar os grandes esforços de transformação, definindo de forma clara as jornadas dos corretores, clientes, prestadores de serviços e estabelecendo quais são as demandas mais relevantes, quais são as características que seus novos produtos e serviços devem ter e qual dor irão curar.
- Área de Pessoas: transformar a mentalidade da organização para uma cultura mais ágil e de mudanças, capacitar e buscar pessoas que consigam navegar bem nesse novo ambiente.
Com consumidores cada dia mais exigentes, conectados e menos tolerantes a obstáculos em sua jornada, os tempos atuais exigem que as seguradoras se atualizem e se adaptem às novas tecnologias.
Como as próximas inovações impactarão o setor de seguros pode ainda ser incerto, mas fica claro que as empresas que buscam se manter competitivas precisam aproveitar as novas tecnologias para, acima de tudo, enriquecer a experiência do consumidor com melhorias significativas.
fonte: CQCSNotícias | 28 de julho de 2023 | Fonte: Money Times